ARTE E SUSTENTABILIDADE PARA UMA VIDA MELHOR.

4 de julho de 2012

Reciclagem e Cidadania com Isabel Fillardis

Isabel Fillardis inaugura primeira usina de coleta de lixo seletiva do Rio



Em 2003, durante a apresentação da ONG Doe Seu Lixo, Isabel Fillardis, 38 anos, disse: "O que você joga fora pode reciclar a vida de muita gente". A frase soou quase que uma premonição e, após dez anos de trabalho, estampa a entrada do Instituto Doe Seu Lixo, projeto da atriz com o marido, Júlio César, 45, que visa oferecer oportunidade de trabalho às pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. Dentre outras coisas, o instituto profissionaliza catadores e faz a coleta seletiva de lixo. "Meu marido foi estudar Gestão Ambiental. Largou tudo por esse sonho. Ele me diz que só consegue realizá-lo porque eu o inspiro. 

Essa é uma das declarações de amor mais bonitas que já recebi", conta Isabel, que se emociona ao relembrar o começo de tudo. "Muita coisa mudou. Hoje, as pessoas nos procuram, mas tivemos que correr atrás. Vejo os caminhões de coleta com GPS e me lembro quando não tínhamos nem uma carreta...", diz às lagrimas. E as conquistas foram muitas! Tanto que o instituto foi escolhido para ser o responsável por toda coleta de resíduos sólidos da Rio + 20, conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que está sendo realizada entre o dia 13 e 22 de junho. "Os organizadores ficaram encantados com o nosso trabalho e disseram que ele é condizente com todo o discurso sustentável que existe no mundo", conta a atriz. 

Em março de 2012, a família Fillardis inaugurou a primeira Usina de Triagem e Reciclagem do Estado do Rio de Janeiro (UTR-RJ), um centro de triagem de resíduos sólidos recicláveis urbanos (vidro, papel e plástico), com equipamentos de alta tecnologia operados por catadores capacitados, no centro do Rio. "Geramos empregos, damos dignidade às pessoas e ainda reciclamos o lixo, que é um dos bens mais preciosos do Brasil", fala Isabel. A atriz também é presidente e fundadora da ONG A Força do Bem e conselheira do Instituto Coca-Cola Brasil. "Daqui a pouco vão achar que eu sou o Chico Mendes do lixo. Ainda tenho vontade de estudar botânica, penso em fazer faculdade. Mas meu ofício primeiro é interpretar", esclarece.




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